Artigo publicado na revista internacional Geospatial Health, em 2022. 

 

A pesquisa é derivada do Trabalho de Conclusão de Curso do egresso da graduação Marcus Matheus Quadros Santos (UFPA), e tem como autores a egressa da graduação Bianca Alessandra Gomes do Carmo (UFPA), as egressas do PPGENF Me. Taymara Barbosa Rodrigues (UFPA) e Me. Bruna Rafaela Leite Dias (UFPA), mestrando do PPGENF Cleyton Abreu Martins (UFPA), os docentes permanentes Dra. Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira (UFPA), Dra. Andressa Tavares Parente (UFPA), Dra. Cíntia Yollete Urbano Pauxis Aben-Athar (UFPA), Dra. Sandra Helena Isse Polaro (UFPA), Dr. Eliã Pinheiro Botelho (UFPA). 

 

O artigo intitulado "Spatial variability of mother-to-child human immunodeficiency virus transmission in a province in the Brazilian Rainforest: An ecological study " teve como objetivo principal analisar espacialmente esse tipo de infecção entre 2007 e 2018 no Pará, que é o segundo maior estado brasileiro da Mata Atlântica brasileira e também possui a maior taxa de TV do HIV no Brasil. Com isso, foram analisados as taxas de incidência de HIV (incluindo a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) por transmissão vertical como principal via de infecção em crianças menores de 13 anos e cujas mães vivem no Pará. 

 

Os autores usaram autocorrelação espacial, varredura espacial e ponderação geográfica técnicas de regressão espacial. No período deste estudo, foram observados 389 casos novos de HIV/Aids, com expansão territorial das taxas de incidência nos municípios do norte e sul do Pará com as maiores taxas. São Francisco do Pará apresentou alto risco espacial e alto espaço-temporal clusters de risco compreendendo municípios do oeste e sudoeste do Pará entre 2013 e 2016. A variabilidade espacial das taxas de incidência de HIV/aids foi comum no número de homens e mulheres com empregos formais, pessoas ≥18 anos desempregadas; alunos do ensino fundamental e famílias inscritas no “Cadastro Único para Programas Sociais”. 

 

Os resultados mostraram uma expansão de 250% na taxa de incidência de HIV em crianças devido à transmissão vertical do HIV. Os municípios com efeito significativo no HIV por transmissão vertical foram vistos principalmente no sul do Pará. A luta contra o estigma deve ser reforçada e o acesso a locais de cuidados de saúde preventivos, diagnósticos e tratamentos deve ser fornecido a todas as mulheres para diminuir o HIV por transmissão vertical.